A experiência de competir e levar o prêmio de “Melhor Queijeiro” na 2ª edição do Mundial do Queijo do Brasil, continua rendendo bons frutos ao queijeiro Vitor Gomide.
Vindo de uma família queijeira, o jovem se consagrou como melhor queijeiro em 2022, durante a segunda edição do Mundial. Além do reconhecimento em âmbito nacional, ele ainda adotou os dois queijos criados para a disputa. O primeiro, elaborado durante a primeira etapa do concurso, em Uberaba, foi uma homenagem à filha e ganhou o nome de Lis.
Já o segundo, que garantiu o título de melhor queijeiro a Vitor, foi inspirado numa releitura francesa. O queijo campeão mesclou elementos franco brasileiros, onde o queijeiro explorou elementos que remetesse ao desafio proposto – deveria ser um queijo original, de casca fina, cilíndrico, que fundia na boca e com um elemento vegetal brasileiro:
“O Queijo Lavoura, na verdade foi criado, pensando em quem desenhou o concurso, que foi o francês (Arnaud Sperat, presidente do concurso), então a gente pensou em um queijo deles, o queijo Morbier, que tem uma linha de carvão cinza no centro. Pensando que íamos apresentar em São Paulo, remetemos a uma lembrança, pegando um café especial e colocando o no centro, então ficou uma linha estilo Morbier mesmo.
Aí pegamos um café especial, do tipo familiar. E, observando o terreno onde o café foi produzido, vimos que eles plantam bananeira em volta da lavoura para poder proteger, aí tivemos a ideia de revestir ele (o queijo) com a folha de bananeira. E o nome “Lavoura”, vem devido a lavoura de café”, explica.
Vitor agradou o paladar dos 8 jurados (sendo 4 franceses, 3 brasileiros e uma espanhola) ao apresentar um queijo com café, embalado na folha de bananeira, e conquistou a medalha Super Ouro do Mundial de Queijo.
Agora em 2024, Vitor passará novamente pelo rigoroso julgamento dos jurados, isso porque ele inscreveu o queijo Suri, esse em homenagem a sua segunda filha – que também possui o mesmo nome – no Concurso de Queijos e Produtos Lácteos.
O queijeiro avalia a oportunidade em participar do Mundial em 2022, como um grande desafio: “O Mundial de Queijo ajudou, na minha participação no concurso de Melhor Queijeiro, nesse “tino” queijeiro de ser desafiado. De ver se a gente tem a capacidade mesmo de fazer um queijo como o pedido”.
E deixa uma dica para os candidatos: ”o instinto será o melhor dos aliados”.